“Aprender e Mudar…eis a Atitude”

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Aqui estou eu…

3 ou 5 anos após investir numa formação superior, onde o pico do conhecimento académico é atingido, é altura de dar o próximo passo lógico: iniciar uma carreira profissional, seja ela a título individual ou associada a uma Organização.

Começa aqui o primeiro “choque de perceção/identificação”. Por um lado, alguém que passou a última década a cultivar a aprendizagem, a refinar o método de adquirir conhecimentos e competências de forma rápida e eficiente, sempre num contexto de mudança rápida, privilegiando a independência e cultura de promoção de vida pessoal; por outro lado, uma Organização focada no Mercado (também ele dinâmico e em contexto de mudança rápida) e na satisfação dos seus Clientes (cada vez mais exigentes e mutáveis), com uma estrutura de gestão por norma mais velha (choque geracional) e com princípios de “Presentismo” mais marcados pelo individualismo e ambição de progressão profissional colocando o trabalho em primeiro lugar.

Tu não me entendes…ou eu a ti…

Talvez seja por isto que de acordo com os resultados do relatório “State of the Global Workplace”, divulgado pela Gallup sobre o local de trabalho e o bem-estar, o grau de envolvimento dos trabalhadores norte-americanos desceu para 32% no primeiro trimestre deste ano (era de 36% em 2020 e de 34% em 2021) e a percentagem de “não envolvidos” – que definem limites profissionais e cumprem os mínimos – aumentou para 17% (era de 14% em 2020 e de 16% em 2021). Uma aparente barreira de comunicação entre um “veiculo” (empresa) e quem o conduz (colaborador/PARCEIRO), tem levado a uma instabilidade e dificuldade súbita de atração e retenção de pessoas nas Organizações.

Da minha experiência até à data, existem 2 fatores fundamentais para se ultrapassar este essencial problema de Comunicação entre Parceiros: 

  • Dedicar tempo à Aculturação 
  • Cultivar trabalho por Projetos

Valores, valores, valores…

Cada vez mais, as pessoas seguem Lideres e não entidades abstratas como uma Organização. É precisamente a importância de “desconstruir” essa componente abstrata e tornar a Organização mais identificável com os valores das pessoas e com uma proposta de valor acrescentado visível para elas, que leva as Empresas a definirem objetivamente a sua “Cultura” e a tornarem “apetecível” de seguir.

O início do contrato psicológico começa aqui e as suas expectativas devem ser cumpridas de parte a parte. Por esse motivo, tem de haver consciência mútua de que este processo de “envolvimento” leva tempo e de que a transparência do feedback constante entre ambas as partes é crítica, levando de forma consistente a uma gradual confiança na autonomia, ao mesmo tempo que a Empresa demonstra ser um Parceiro ideal com quem se partilha causas, valores e oportunidades de crescimento.

Antes: “Uma Empresa para a Vida”…Agora: “Muitas Vidas dentro de uma Empresa”

Conseguindo atrair as pessoas a identificarem-se com os valores da Empresa, surge então o desafio constante de manter as pessoas motivadas a dedicar tempo à vida do trabalho, nunca esquecendo que agora se “concorre” também com a vida pessoal das mesmas. Num Mercado cada vez mais dinâmico e concorrencial, onde a noção de Produto é suplantada pela importância do Serviço de o apresentar e o fazer acompanhar, as Empresas não podem ser uma entidade imutável e constante, esperando que os seus Clientes se ajustem a elas e não o contrário. Ao mesmo tempo, já foi referido que os seus próprios colaboradores também necessitam de se sentir envolvidos em experiências (e não envolvidos numa Propriedade) e parte integrante do processo de resposta à mutabilidade constante das necessidades dos Clientes (internos e externos).

Na minha opinião, a melhor forma de as Empresas abordarem um desenvolvimento de uma nova Linha de Serviço ou de uma necessidade de reorganizar um Processo Interno por exemplo, é a criação de Equipas de Projeto, que agregam colaboradores de distintos departamentos, com diferentes valências e experiências, consoante o tema em questão. Poderão inclusive haver vários Projetos em simultâneo, com durações distintas no tempo.

Esta forma de Organização estimula o Envolvimento e a noção imediata de Causa, ao mesmo tempo que obriga a um processo de aprendizagem/formação constante por ambas as partes. É fundamental que as Empresas ajustem os seus processos internos para que a Formação ocupe um espaço natural e contínuo na sua Organização e que haja uma preocupação em acompanhar o colaborador nesta realidade de entrar constantemente numa “zona de desconforto” e interação com novos colegas de Equipa.

Acredito que é esta mentalidade que faz a diferença no sucesso de qualquer Empresa – crescer e melhorar os seus níveis de eficiência, através da evolução cíclica e dinâmica das suas Pessoas.

Bruno Silva

Administrador Trofa Saúde

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